Por Arqº Gabriel Pontes

Processos construtivos mais rápidos e simples vêm ganhando espaço no Brasil. Na Europa e Estados Unidos já são amplamente utilizados em substituição a alvenaria convencional na construção civil, seja em projetos de casas populares, como em prédios comerciais.

As vantagens custo x benefício, agilidade e praticidade são características que fazem desses sistemas uma possibilidade cada vez maior, aliados a uma visão de construção sustentável, pois sua utilização proporciona uma obra mais limpa.

O Steel Frame – método que utiliza uma base estrutural de aço – e outros processos de construção modular são exemplos que caminham para essa nova realidade. As placas cimentícias são complementos essenciais, nesses casos, para a constituição de paredes sólidas, divisórias e mezaninos, permitindo que a obra ganhe criatividade e flexibilidade, pois atualmente, o mercado oferece opções de cores, texturas e formatos.

O uso da placa cimentícia agrega valor a obra, especialmente em projetos em que há necessidade ou preocupação em otimizar o espaço físico, tempo e qualidade de acabamento. É uma alternativa rápida, limpa e econômica para construção civil, pode ser aplicada em áreas interna e externas, além de suprir algumas restrições do gesso ao cartonado no que se refere à utilização em áreas molhadas.

Algumas características da construção convencional (alvenaria) podem ser inconvenientes no momento de se optar por um sistema construtivo com necessidades específicas: método executivo artesanal, necessidade de grandes quantidades de água, operação lenta nos transportes verticais e horizontais, baixa produtividade, maior área de canteiro, mais geração de entulho e necessidade de rasgos em paredes para instalações elétricas e hidráulicas.

Em contrapartida, a placa cimentícia é uma ótima alternativa para sistemas de construção seca. Para projetos que justifiquem uma preocupação com os detalhes, a opção pelas placas permite cronogramas mais bem definidos, mão-de-obra qualificada, menos geração de entulho, ganho de área útil e menor sobrecarga nas fundações e lajes.

Especificações

A tecnologia utilizada na fabricação das placas cimentícias é a CRFS – Cimento Reforçado com Fio Sintético. O produto apresenta ótima performance técnica: flexibilidade no manuseio, durabilidade, estabilidade e resistência à umidade.

É possível encontrar as placas nos comprimentos de 2; 2,40 e 3 metros, sempre com a largura de 1,20 metros. As placas podem ser cortadas, facilmente, nas obras, com serra mármore, de acordo com as necessidades de cada projeto.

Sua aplicação é ideal em paredes internas e externas, fachadas, beirais e “oitões”, shafts, módulos construtivos, Steel Frame, entre outras, permitindo inclusive o uso em fechamentos curvos, que são paredes curvas em projetos mais arrojados.

A utilização é tanto em áreas secas, como úmidas, pela impermeabilidade. Também são produtos não-inflamáveis, resistentes à flexão, intempéries, imunes a fungos, insetos, roedores. Outras características das placas cimentícias: não-oxidantes, não apodrecem, e são resistentes a impactos. Há também a vantagem de permitirem vários tipos de acabamentos, ou já levarem revestimentos.

Fonte:

IBDA / blogdaeternit